domingo, 20 de dezembro de 2009

Qual a diferença entre tristeza e depressão?

Acredito que muitas pessoas usam de forma errada o termo depressão para uma simples tristeza passageira. A tristeza da depressão é aquela que persiste seguidamente por vários dias semanas e meses, podendo ocorrer sintomas como o isolamento social, dificuldade em realizar as dia a dia, como a higiene íntima por exemplo, sentir dores de origem psicossomáticas ou seja aquela dor que você sente no físico mas que não é dectável em exames, há pessoas que partem para o uso do alcóol e das drogas em geral, a depressão se manisfesta de formas diferwentes em cada pessoa umas comem demais, outras sentem inapetência, uns tem insônia, outros hipersonia (excesso de sono). O familiar é o agente fundamental de apoio ao doente quando se perce às mudanças que ocorrem durante o estágio inicial da depressão aí é hora de agir ajudando a pessoa a procurarn profissionais qualificados, inicialmente psiquiatra para uma primeira avaliação do paciente. E o sucesso do tratamento depende das medicações, esforço do paciente, mas é de fundamental importância que a família compreenda a doença aprendendo a lidar com as dificuldades do mesmo.

Márcia Garcia de Carvalho 20-12-09

Falando sobre doenças de origem psicossomáticas

Vocês sabem o que são doenças de origem psicossomáticas?
Acredito que a maioria das pessoas não saibam e inicialmente procuram o médico clínico geral para tratarem de sintomas físicos como dores de estômago, cabeça, musculares etc; então o médico faz todos os tipos de exames e não detecta nenhuma doença de origem física, e através da conversa com o paciente percebe que que na verdade seus sintomas são de origem psicológicas, por isso é tão a higiene da mente quanto a higiene do corpo.
Estes sintomas podem indicar o começo de alguma doença psíquica como a depressão por exemplo. Devemos no nosso dia a dia nos prevenir procurando atividades relaxantes, praticando exercícios físicos regularmente, assistindo bons programas televisivos evitando os mais violentos principalmente antes de dormir, escutar uma música suave que tráz equilíbrio a mente e o corpo, fazer uma boa leitura e praticar meditação diária, ter uma boa alimentação composta por frutas, verduras, cereais, carboidratos tudo em pequenas quantidades, pois hoje o mais importe é que às pessoas busquem ter mais qualidade de vida. Cada pessoa encontrará dentro de si a chave ser feliz e vencer as doenças principalmente se cultivando a oração, meditação e pensamentos positivos.

Márcia Garcia de Carvalho 20-12-09

domingo, 24 de maio de 2009

Outros tipos de Terapia

Terapia Ocupacional hoje ocupa um espaço fundamental na profilaxia e tratamentos de reabilitação psicomotora além de ser usada como terapêutica na Oncologia, e tratamento de distúrbios psiquiátricos.
Tem como principal objetivo trabalhar a organização interna do indíviduo para que á partir daí ele se organize também externamente.
Psicoeducação: Educação para a Saúde Mental, através da Psicoeducação o paciente aprende sobre a sua doença de modo que através deste aprendizado ele tenha uma melhor qualidade de vida.
Terapia de Grupo: Através da Terapia de Grupo o paciente é levado se sociabilizar e perceber o problema do outro de modo a ter novas experiências à partir da discussão dos temas propostos pelos participantes, normalmente na terapia de grupo são escolhidos três temas de interesse comum dos mesmos.
Terapia famililiar: Como já foi dito os familiares também adoecem junto com os pacientes por isso necessitam trocar experiências com outras famílias sobre os transornos psiquiátricos do familiar buscando ajudarm-se de forma mútua de modo que os familiares aceitem as doenças psiquícas e aprendam a lidar com o paciente no seu dia-a dia em família.

domingo, 5 de abril de 2009

Algumas terapias alternativas

Cromoterapia: Terapia que utiliza as cores como elementos curativos, através de lãmpadas coloridas.
Significado das cores segundo a cromoterapia:
Verde: seus raios de luz penetram no organismo propiciando a cura, cor indicada para pessoas com dores crônicas.
Azul: A luz azul trás calma e tranquilidade sendo ideal para o relaxamento das pessoas.
Amarelo: Cor da prosperidade.
Vermelho: Indicado no tratamento de pessoas com doenças no sangue.
Violeta: Encontro da tranquilidade e espiritualidade.
Musicoterapia: Terapia que visa utilizar a música como elemento de cura, trabalhando através das músicas os problemas apresentados pelos pacientes.
Yoga e relaxamento: È comprovada sua eficácia no tratamento psiquiátrico pois propiciam o relaxamento do paciente.
Reiki: Transmissão de energias possitivas através das mãos.
Artes Marciais: Levam o indíviduo a se disciplinar e alcançar um maior equilíbrio.

( Próxima Postagem: falaremos de outros tipos de terapias)

O uso de terapias alternativas em psiquiatria.

Introdução
A medicina hoje vê o homem de forma holosófica, ou seja como um todo, em sua totalidade, a integração entre o corpo e mente, vendo não só o lado emocional, mas espiritual, e intelectual.
Hoje já é sabido pela medicina que o ser humano muitas vezes somatiza seus problemas ou seja transfere para o corpo suas dores e angústias. Na medicina Psicossomática e na Psiquiatria o médico busca trabalhar este homem integral. Algumas áreas da medicina ainda não aceitam as terapias alternativas, mas cada dia mais vem vem sendo constatado pelos profissionais de saúde sua eficácia.

( Próxima postagem tipos de terapias alternativas.)

sábado, 4 de abril de 2009

Dicas Práticas

1) Esquizofrenia é uma doença do cérebro com manifestações psíquicas variadas.
2) Devido à doença o portador de esquizofrenia tem maior dificuldade para lidar com situações estressantes do dia -a- dia.
3) Familiares não causam a esquizofrenia.
4) É essencial buscar informações corretas sobre a doença.
5) A esquizofrenia em geral começa na adolescência ou no ínicio da vida adulta, tendendo ase estabilizar após a quinta década da vida.
6) O tratamento da Esquizofrenia é feito com a participação de diversos profissionais atuando em equipe de modo integrado.
7) Os medicamentos antipsicóticos são imprescindivéis pois controlam os sintomas e previnem recaídas.
8) Uso de alcóol e drogas podem desencadear novo surto psicótico mesmo que o paciente esteja tomando a medicação. Situações estressantes também podem levar a um novo
( Fonte- Esquizofrenia- Manual do Cuidador- Dr Mario Louzã Neto)
Para Saber Mais: Louzã Neto MR
Convivendo com a esquizofrenia um guia para portadores e familiares.
Editora Prestígio, São Paulo, 2006.
(Próxima Postagem: O uso das terapias alternativas em psiquiatria)

Perguntas e respostas

A esquizofrenia pode se manifestar na infância?
Isso é raro , mas quadros esquizofrênicos podem surgir durante a infância e puberdade.
A esquizofrenia pode ser decorrente do modo de educação dos filhos?
Não
Rejeição emocional na gravidez ou na infância causa esquizofrenia?
Não
Esquizofrênicos podem tomar bebidas alcóolicas?
Bebidas alcóolicas podem desencadear surtos esquizofrênicos e devem ser evitadas por esses pacientes.
O Esquizofrênico pode dirigir carro?
Não há uma regra geral. Isso dependerá da gravidade do quadro e a situação deve ser avaliada individualmente pelo médico junto com os familiares.
O paciente de esquizofrenia pode ter relações sexuais normalmente?
Sim. Deve tomar os mesmos cuidados que outras pesoas no que diz respeito ao risco de doenças sexualmente transmissíveis, especialmente a AIDS.
Uma paciente com esquizofrenia pode engravidar?
Sim. Há a necessidade de uso de contraceptivos se a paciente tiver vida sexual ativa, mesmo que não apresentem menstruações regulares. No caso do desejo de ter filhos, é preciso conversar com o parceiro sobre as eventuais limitações que essa pessoa terá para cuidar do filho.
A doença é mais frequente em homens ou mulheres?
Atinge igualmente ambos os sexos.
Uma pessoa esquizofrenica pode ser contrariada?
O diálogo com o esquizofrênico deve ser igual ao diálogo com qualquer outra pessoa.
Se o paciente se recusar a tomar a medicação pode dar-se o remédio escondido ,diluído em algum alimento?
Dar o remédio escondido não é recomendável. O importante é convencer o paciente sobre a importãncia de tomar a medicação, mostrando que o medicamento reduz os sintomas que ele apresenta.
Os medicamentos usados na esquizofrenia podem viciar?
Não. Antipsicóticos não causam dependência.
Os sintomas da esquizofrenia se manifestam da mesma forma em todos os pacientes?
Não as manifestações podem ser completamente diferentes de um paciente para outro.
Esquizofrenia é o mesmo que "dupla personalidade" ?
Não. "Dupla personalidade" é um distúrbio muito raro que não tem nada a ver com esquizofrenia.
A agressividade é uma característica da esquizofrenia?
Geralmente não. O seguimento correto do tratamento minimiza os riscos de agressividade.
Os antipsicóticos são uma "camisa-de - força" química?
Não esses medicamentos aliviam ou controlam os sintomas das doenças.
( Fonte: Esquizofrenia Manual do Cuidador- Dr Mario Louzã Neto)
( Próxima postagem: dicas práticas)

Complicações

Há pelo menos duas situações específicas que podem agravar a evolução da esquizofrenia. Uma delas é o uso de drogas e outra é a ocorrência de episódios depressivos. È durante a juventude, em geral que acontece os primeiros contatos com o álcool, maconha, cocaína entre outras drogas. Se para pessoas sem a doença o prejuízo já é enorme, para os portadores de esquizofrenia o abuso dessas substâncias agrava acentuadamente a evolução da doença.
Visitas regulares ao médico contribuem para certificar que a doença está controlada e o psiquiatra tem condições de verificar se o paciente está fazendo uso de álcool ou otras drogas.
O tabaco também não é inofensivo para o paciente portador de esquizofrenia, pois além de causar prejuízos a saúde física, pode modificar a quantidade de medicação antipsicótica circulante no organismo.Também é preciso estar atentos aos indicíos de quadros depressivos, como tristeza, desânimo,apatia, desesperança, insônia,diminuição do apetite. Sentimentos de fracasso e culpa também podem surgir, assim como idéias de suicídio.
Se for preciso o médico sabe como combinar o uso de medicamentos específicos para depressão com o de antipsicóticos. Os portadores de esquizofrenia geralmente levam uma vida sedentária, são muitas vezes fumantes tendem a ficar obesos. Por isso é importante que mantenham atividade física regular, com dieta adquada e abandono do tabagismo.
(Fonte: Esquizofrenia: Manual do Cuidador- Dr mario Louzã Neto)
(Próxima Postagem: Perguntas e respostas)

sábado, 28 de março de 2009

O papel da Família.

É essencial que os familiares saibam lidar com situações estressantes, evitando comentários críticos ao paciente ou se tornando exageradamente superprotetores, dois fatores que reconhecidamente provocam recaídas. Os familiares precisam saber dosar o grau de exigência em relação ao doente, evitando exigir mais do que ele pode fazer, mas sem deixá-lo abandonado, sem participação na vida familiar. Conhecendo bem a doença, os familiares podem atuar em parceria com o médico ou outros profissionais que assistem o paciente.
O importante é pensar na integração pessoal e melhora na qualidade de vida proporcionada pelo convívio com outras pessoas e pela participação do doente nas várias atividades da sociedade .É comum surgir entre os familiares sentimentos como ódio e culpa e a idéia de que teriam feito alguma coisa errada na criação do paciente que levou à manifestação da doença. Os pais pricipalmente, se perguntam: "por que isso aconteceu jstamente com o meu filho?" Também não é raro que a família acredite que precise esconder a doença por vergonha. A psicoterapia pode ajudar a família a aceitar a realidade e colaborar com o médico.
A recuperação de um portador de esquizofrenia é um trabalho de longo prazo, com processo lento e gradual. No entanto combinando-se várias abordagens de tratamento, o resultado em geral é bastante satisfatório.
O papel da família é fundamental, porque o portador de esquizofrenia em geral não percebe que aquilo que acontece com ele é decorrente de uma doença. Para o doente, as alucinações e os delírios são reais. Dizer ao paciente que tudo não passa de fruto de sua imaginação não resolve. Pelo contrário isso só aumenta a resistência ao tratamento. Tanto a família quanto o médico precisam primeiramente conquistar a confiança do paciente. É importante mostrar-lhe o quanto ele está sofrendo com os sintomas, como por exemplo a insônia ou a angústia, o que pode abrir caminho para uma aceitação de uma consulta médica.
( Fonte: Esquizofrenia- Manual do Cuidador- Dr Mario Louzã Neto)
(Próxima postagem: Complicações)

quinta-feira, 26 de março de 2009

O Acompanhamento

1) Hospital- Dia: O paciente permanece no hospital apenas durante o dia ou só por um período, retornando para sua casa diariamente. Tem a vantagem de não afastá-lo do ambiente familiar.
2)Hospital-Noite e pensão protegida (ou lar protegido): essa forma de atendimento é ideal para o paciente que tem algum trabalho e não tem condições de morar sozinho ou com familiares.
3) Moradias Comunitárias (repúblicas): são um recurso interessante para pacientes que tem condições de morar sozinhos sob supervisão de um profissional de saúde. Estimula a independência do paciente.
4) Terapia Ocupacional: são desenvolvidas atividades manuais e de expressão, como pintura, trabalho com argila, desenhos. A integração entre paciente, atividade profissional de saúde ajuda o doente a reorganizar sua capacidade de expressão e o contato com a realidade.
5)Psicoterapia: a psicoterapia assim como os medicamentos, não tem o poder de "curar" a esquizofrenia mas é um recurso importante para ajudar o paciente a lidar com as dificuldades causadas pela doença. A Psicoterapia pode ser individual ou em grupo.
6)Orientação familiar: é uma valiosa forma de apoio para a aceitação e o enfrentamento da realidade. dificíl que se coloca para a família.
Fonte: Esquizofrenia - Manual do Cuidador- Dr Mario Louzã Neto.
( Próxima Postagem: O Papel da família)

domingo, 22 de março de 2009

O Tratamento

Todos os medicamentos utilizados no tratamento da esquizofrenia chamados de antipsicóticos, agem nos receptores neuronais da substância produzida no cérebro chamada dopamina. É modificação da ação dessa substância produzida pelos antipsicóticos que propicia alívio de sintomas como delírios, alucinações, desorganização do pensamento e agitação. Esses medicamentos atualmente são considerados fundamentais e têm duas funções principais:
1-Aliviar os sintomas da fase mais aguda da doença;
2-Prevenir novos episódios ou surtos.
Com esses medicamentos foi possível controlar a manifestação da esquizofrenia e facilitar o convívio do paciente com a família e a sociedade, além de melhorar significativamente a qualidade de vida do doente.
A maior contribuição desses medicamentos foi mudar a forma de tratamento, que hoje é quase exclusivamente ambulatorial, ao contrário de algumas décadas atrás, em que os hospitais simplesmente internavam os pacientes. Hoje as internações ainda são necessárias eventualmente, mas são restritas aos momentos de crise mais agudas e por períodos breves.
Os medicamentos hoje são absolutamente necessários para o controle da esquizofrenia e não se imagina mais um tratamento sério e responsável que não inclua a administração de algum antipsicótico.
Os primeiros antipsicóticos desenvolvidos form chamados de primeira geração (ou típicos ou clássicos) A partir do anoa 1990 surgiram os antipsicóticos de segunda geração (chamados também de atípicos), que são mais eficazes que os de primeira geração e causam menos efeitos colaterais.
Os de segunda geração além de agirem sobre a dopamina, agem também sobre a serotonina.
É preciso ressaltar que como todo medicamento, os antipsicóticos podem causar efeitos secundários indesejáveis.
O problema é maior quando o paciente decide abandonar o tratamento por conta própria devido aos efeitos colaterais. Só o psiquiatra tem condições de avaliar corretamente se é preciso alterar a dose ou trocar o medicamento. Muitas vezes uma pequena alteração na dosagem do remédio é suficiente para a melhora do paciente ou do controle dos efeitos colaterais.
Os principais efeitos colaterais provocados pelos antipsicóticos de primeira geração são os seguintes:
1) Distonia aguda: caracteriza-se por contrações musculares involuntárias com movimento dos olhos, da língua, do pescoço(torcicolos) mais raramente do tronco ou dos menbros.
2)Efeitos extrapiramidais ou parkisonismo: o paciente apresenta rigidez muscular, tremores, redução da expressão facial, lentidão de movimentos.
3) Acatisia: O paciente fica desassossegado, com uma inquietação intensa nos menbros inferiores, com necessidade de andar sem parar, agitado e ansioso.
4)Sonolência ou Sedação: o paciente passa a dormir mais do que costumeiro, sentindo muito sono durante o dia.
5) Efeitos anticolinérgicos: o paciente refere sensações como visão borrada,boca seca, retenção urinária e hipotensão arterial.
6)Dificuldades sexuais: alguns pacientes relatam episódio de impotência ou retardo da ejaculação; nas mulheres pode haver dificuldade para atingir o orgasmo.
7) Alteraçãoes endócrinas: na mulher podem ocorrer alterações do ciclo menstrual, além da produção de leite; no homem as dificuldades sxuais mencionadas.
8) Discenia tardia: uma pequena porcentagem de pacientes apresentam movimentos involuntários na região da boca ou dos lábios.
Entretanto é preciso ressaltar que os efeitos colaterais ocorrem principalmente no começo do tratamento e geralmente são toleráveis diminuindo espontaneamente ao longo do tempo.
O principal efeito colateral dos antipsicóticos de segunda geração é o ganho de peso; dai a importância do acompanhamento frequente do portador da doença. Em alguns pacientes podem ocorrer também alterações do colesterol, dos triglicérides e da glicemia. Em geral os antipsicóticos de segunda geração provocam pouco ou nenhum efeito extrapiramidal e alteração da prolactina.
Da mesma forma que os efeitos colaterais, é importante conhecer os benefícios proporcionados por esses medicamentos. Os principais são os seguintes:
1)Redução ou eliminação de vozes e visões perturbad9ras( alucinações).
2) Redução ou eliminação de crenças estranhas e falsas (delírios)
3)Diminuição da tensão e da agitação
4) Melhora da clareza do pensamento e da concentração
5) Redução dos medos, da confusão e da insônia.
6) Melhora da coerência da fala.
7)Melhora da tranquilidade, da alegria, do bem-estar.
8) Melhora no comportamento mais adquado.
9) Redução ou eliminação de pensamentos hostis, estranhos ou agressivos.
10) Diminuição do risco de recaídas e da necessidade de internações hospitalares.
O avança da medicina tem proporcionado odesenvolvimento de novos medicamentos mais eficazes e com menor frequência e intensidade de efeitos colaterais.Os antipsicóticos de segunda geração são indicados para o tratamento de qualquer paciente portador de esquizofrenia e causam efeitos colaterais mais leves. Vários deles estão disponíveis no Brasil e podem ser adquiridos pelo SUS. Os efeitos colaterais variam conforme o medicamento e cabe ao médico indicar o remédio mais adquado para o paciente.
Os estudos mostram que a manutenção contínua dos medicamentos antipsicóticos é fundamental para o controle dos sintomas e para evitar recaídas. O fundamental no entanto é que a família e se possível também o paciente saibam que há vários tipos de tratamentos disponíveis atualmente, que não se restringem à internação hospitalar. Além dos medicamentos modernos, há recursos como hospital-dia, terapia ocupacional, acompanhamento terapêutico, entre outros. Alguns dos medicamentos estão disponíveis no formato de injeções de longa ação, o que permite que o paciente tome o medicamento a cada dia ou semanas, pois a substancia acumula-se no organismo e é liberada aos poucos.
Essa forma de administração ajuda a evitar recaídas, uma vez que reduz as falhas por esquecimento ou por outros motivos. Também é preciso lembrar dos pacientes que se recusam a manter a medicação por não apresentarem mais os sintomas e se considerarem curados. Há ainda os que não conseguem perceber que suas manifestações são devidas a uma doença. Nesse caso, novamente o papel da família é fundamental. A manutenção da medicação antipsicótica é essencial para ajudar a evitar recaídas.
( Fonte: Esquizofrenia- Manual do Cuidador- Dr Mario Louzã Neto)
( Próxima Postagem: O acompanhamento)

sábado, 21 de março de 2009

A Evolução

A manifestação da Esquizofrenia na adolescência começa por alterar substancialmente as atitudes do jovem e a interferir em seu convívio social. Isso pode acontecer de forma mais abrupta, ou de forma lenta e gradual.
Os primeiros anos de manifestação da doença normalmente são os mais agitados, com surtos agudos intrcalados por períodos de melhoria.
A partir dos 40 ou 50 anos de idade, a pessoa tem tendência a evoluir com uma doença menos turbulenta, com maior estabilidade dos sintomas.
De qualquer forma, o tratamento precoce da doença e a manutenção adquada do tratamento colaboram para evitar o agravamento do quadro clínico. Conforme novos surtos vão ocorrendo a recuperação do paciente fica mais dificíl, prolongada e incompleta.
Fonte: Esquizofrenia- Manual do Cuidador- Dr Mario Louzã Neto
( Próxima Postagem: O Tratamento)

sexta-feira, 20 de março de 2009

As causas

Até hoje não se descobriu o que provoca a esquizofrenia. Mas há evidências de que se trata de uma doença cerebral, com fatores genéticos e ambientais envolvidos.
Fatores Genéticos: alguns pacientes esquizofrênicos têm alguém da familia que sofreu ou sofre da doença. Sabe-se que a de uma pessoa que tenha algum parente próximo portador da esquizofrenia também desenvolver a doença é bem maior do que das pessoas sem parentes com esquizofrenia. Entretanto frequentemente um indivíduo apresenta esquizofrenia sem ter nenhum parente com a doença. A importância do fator genético varia de um paciente para o outro.
Estudos das alterações cerebrais: as pesquisas com tomografia computadorizada e ressonância magnética mostram que um subgrupo de pacientes com esquizofrenia apresenta uma discreta diminuição do tamanho de algumas estruturas cerebrais, comparadas ás de indivíduos sadios, o que decorreria da perda de células nervosas. O problema é que esse tipo de alteração não ocorre exclusivamente na esquizofrenia e nem em todos os pacientes portadores da doença. Portanto não é possível determinar se alguém tem ou não esquizofrenia com base apenas nesses exames.
Bioquímica: o cérebro é composto por bilhões de células nervosas chamadas neurônios que se comunicam e transmitem informações por meio de impulsos elétricos, através dos denominados neurotransmissores. Na esquizofrenia, um determinado sistema de neurotransmissão, que funciona com uma substância chamada dopamina, parece funcionar em excesso durante os surtos agudos da doença. Outros sistemas de neurotransmissão também estão alterados na esquizofrenia, como o sistema cujo neurotransmissor é a serotonina.
Outros fatores ainda desconhecidos também podem contribuir para o surgimento da doença. Nenhum fator isolado parece ser suficiente, por si só para causar a esquizofrenia, que provavelmente é um conjunto de manifestações de natureza complexa, afetando cada indivíduo de forma particular.
(Fonte: Esquizofrenia - Manual do Cuidador- Dr Mario Louzã Neto)
(Próxima postagem: A evolução)

quinta-feira, 19 de março de 2009

Outros Transtornos Mentais

3- Transtornos de Ansiedade: a ansiedade é comum no ser humano, mas quando se torna um obstáculo à vida do indivíduo torna-se uma doença.
4-Transtorno do Pânico: trata-se de uma crise repentina de ansiedade intensa, com sensação de morte iminente, acompanhada de tremores, suor excessivo, falta de ar, palpitações ,vertigens. A pessoa passa a ter medo de viver essa experiência novamente e pode desenvolver a chamada agorofobia que é o medo exagerado de permanecer em locais em locais abertos ou com muitas pessoas, pelo medo que não possa ser socorrida imediatamente em caso de uma nova crise.
Ansiedade Generalizada: neste caso, a ansiedade é constante. O indivíduo sente-se inquieto, incomodado, não dorme direito, tem tremores, palpitações, falta de ar, durante longos períodos, ás vezes por vários anos.
Fobia: é o medo exagerado e irracional de algum objeto ou situação. Alguns têm medo de ambientes fechados, de altura ou de animais.
Transtorno Obsessivo- compulsivo: o indivíduo tem idéias repetitivas (obsessões) e comportamentos (rituais) que precisa executar, mesmo contra a sua vontade, para não ficar ansioso ( compulsões). Por exemplo lavar as mãos dezenas de vezes sem se convencer de que elas estão limpas.
Transtorno de estresse pós traumático: é uma reação duradoura do organismo após a vivência de uma situação de perigo, como terremoto, assalto, sequestro. A pessoa tem pesadelos, palpitações, suores.
Também há muitos transtornos mentais provavelmente relacionados à esquizofrenia, mas muitas vezes é difícil distinguir se são uma doença ou uma característica marcante da personalidade da pessoa.
Transtorno Esquizotípico: é caracterizado por comportamento excêntrico, crenças mágicas, afeto frio e distante. Em geral a pessoa é fechada e prefere o isolamento.
Transtorno Esquizóide de personalidade: o indivíduo apresenta-se indiferente e frio sem expressar sentimentos de forma calorosa; prefere viver de maneira solitária e isolada.
Transtorno Paranóide de personalidade: a pessoa é permanentemente desconfiada, não perdoa ninguém e vê o mundo como uma ameaça.
Como se vê muito dos sintomas citados são parecidos com sensações e sentimentos normais. Por isso a consulta ao médico é importante para afastar ou confirmar a suspeita de esquizofrenia e para orientar pacientes e seus famliares.
Mas caso se confirme a esquizofrenia, não se pode esquecer que quanto antes, se constate a doença, maiores são as chances de obter êxito com o tratamento e controlar os sintomas.
(Fonte: Esquizofrenia- Manual do Cuidador- Dr Mario Rodrigues Louzã Neto)
(Próxima postagem- causas dos transtornos mentais.)

quarta-feira, 18 de março de 2009

Os transtornos mentais

Os principais grupos de transtornos mentais são os seguintes:
1-Transtornos mentais orgânicos: são doenças mentais de causa conhecida decorrente de alterações no organismo. Várias doenças podem produzir sintomas mentais, como demências, alcoolismo,toxicomanias, tumores, doenças da tireóide etc. Também há os transtornos mentais produzidos pelo uso de drogas, que muitas vezes são parecidos com os sintomas originados pela esquizofrenia.
2- Transtornos do humor: são alterações de alguns sintomas bioquímicos do cérebro e o indivíduo pode ficar muito triste (depressão) ou muito alegre (mania).
Episódios depressivos: na depressão a tristeza é persistente, dura longos períodos e é acompanhada de apatia, desinteresse, desânimo. Pode haver sentimentos de culpa, pensamentos de morte e até idéias de suicídio.
Episódios de mania: há alegria exagerada, euforia, agitação, irritabilidade. Surgem sensações de grandeza, de poder, auto-estima exagerada e diminuição da necessidade do sono.
Transtorno Bipolar: os doentes apresentam ocorrências de mania e depressão de forma alternada, com períodos de normalidade. Antes era denominada psicose maníaco depressiva.
Distimia: caracteriza-se por depressão prolongada, em que há cansaso, tristeza e desãnimos intensos.
Fonte:Esquizofrenia Manual do Cuidador- Dr Mario Rodrigues Louzã Neto.
(Na próxima postagem continuarei falando dos Transtornos Mentais)

Continuando a Falar de Esquizofrenia

A não aceitação:
Após chegar-se ao diagnóstico, em geral surge um outro problema importante, que é a não aceitação, não só por parte do paciente como também dos familiares. Muitas vezes o paciente não compreende o que está acontecendo em decorrência da própria doença. Já a dificuldade da família em aceitar a realidade ocorre pelo desconhecimento das características e das formas de evolução da doença. Em geral, a família não tem informação a respeito do que são psicoses e reluta em acreditar que esse seja o problema do doente. Nessa fase surgem as dúvidas quanto á forma de controle do problema e também sobre às formas de controle do problema e também sobre as formas de tratamento. Surgem ainda culpa e vergonha em admitir que há um esquizofrenico na família. Quando se fala em doença mental frequentemente logo as pessoas logo pensam em "Loucura". Diz-se que um indivíduo está "louco " quando tem uma doença na qual ele perde a noção de realidade, comportando-se de maneira incoerente. Em Psiquiatria isso é denominado psicose.
A causa da psicose pode ser conhecida (causada por um tumor ou pelo uso de drogas como maconha e cocaína) ou desconhecida (como a esquizofenia) Falar em psicose, ou a esquizofrenia, é um tipo de psicose, pode assustar um pouco. Por isso a melhor maneira de combater esse medo da doença é a informação.
Fonte:Esquizofrenia : Manual do Cuidador- Dr Mário Rodrigues Louzã Neto

Falando de Esquizofrenia

Esquizofrenia: transtorno ou doença mental que atinge cerca de 1% da população. No Brasil no começo do século 21, essa porcentagem de 1% representava 1,8 milhões de indivíduos acometidos pela doença, o que significa mais que a população de muitas cidades grandes.Além dos pacientes, há o envolvimento dos familiares, dos amigos, de empregadores, de médicos e outros profissionais da saúde. Dessa forma, essa porcentagem de 1% alcança uma dimensão muito maior quando se considera a quantidade de pessoas envolvidas em virtude da doença do paciente.
O primeiro desafio ao enfrentar a doença é livrar-se dos preconceitos. Durante muito tempo a esquizofrenia e outras doenças mentais foram tratadas como "Loucura", com os doentes sendo internados às vezes pela vida toda e sem dispor de tratamentos adquados. Hoje é diferente e a função dos hospitais psiquiátricos é diagnosticar e tratar os portadores de transtornos mentais, dispondo do que há de mais moderno em tratamentos medicamentosos, com internações breves necessárias apenas para controlar os casos agudos.
Os portadores de de esquizofenia hoje, quando são, quando são adquadamente diagnostticados e tratados, convivem normalmente com a comunidade, perfeitamente integrados na sociedade, como qualquer outra pessoa sem a doença.
O tratamento da esquizofenia visa controlar e reduzir os sintomas e prevenir novos surtos, da mesma maneira como se controla o diabetes, por exemplo, possibilitando que a pessoa viva uma vida normal. A medicina ainda não sabe como prevenir o surgimento da doença, mas com os tratamentos atuais é possível chegar a um controle bastante satisfatório.
Os sintomas:
A Esquizofrenia é definida a partir de sintomas principais que incluem a presença de delírios de perseguição ,alucinações, alterações afetivas etc. Os sintomasd também costumam atingir a capacidade de julgamento, a linguagem e a comunicação, a capacidade de atenção entre outros. Os sintomas mais comuns da esquizofrenia são os seguintes:
Delírios: são os pensamentos ou idéias que não correspondem à realidade. O doente passa a acreditar que estão acontecendo coisas irreais à sua volta, havendo uma perda da distinção entre imaginação e realidade.
Alucinações: são as percepções irreais dos orgãos dos sentidos; as alucinações auditivas são as mais comuns. O doente relata, por exemplo ouvir vozes quando está sozinho. Embora sejam mais raras, também podem acontecer alucinações visuais, olfativas ou do tato.O doente tem visões, sente cheiros e tem sensação de formigamento pelo corpo.
Alterações do pensamento: o doente tem a impressão de que seus pensamentos não lhe pertencem, como se fossem colocados em sua cabeça por outras pessoas. Também pode ter a sensação de que seus pensamentos foram bloqueados, controlados ou "roubados" por alguém. Pode ocorrer ainda a desorganização das idéias, conversas sem sentido e perda do raciocínio lógico.
Alterações da afetividade: o doente perde a capacidade de expressar suas emoções, ficando indiferente a todos. É como se a afetividade perdesse o colorido de sua expressão.Às vezes a reação afetiva não é adequada ao contexto, como por exemplo quando o paciente ri em uma situação de tristeza ou comportá-se como uma criança mesmo sendo adulto.
Diminuição da motivação:o doente perde a vontade, não tem mais ânimo continuar fazendo as tarefas do dia-a- dia. Não tem interesse por nada e há isolamento e retraimento social.
Sintomas motores: alguns pacientes passam a ficar parados, sem movimentação espontânea, com posturas estranhas , sem falar ou andar. Em casos graves o doente pode chegar a ficar totalmenente parado, como uma estátua. Também pode ocorrer o inverso, quando o paciente fala e gesticula com rapidez, mas sem lógica. Esses sintomas caracterizam a catatonia.
Outros sintomas: Ás vezes o doente vive como se estivesse em um mundo próprio à parte de todos, o que caracteriza o autismo. Outros se mostram desconfiados de tudo e de todos, ou tem dificuldades para manter a atenção e se concentrar. Podem apresentar problemas de memória e desorientação sobre tempo e local. Isso resulta uma dificuldades de manter a atenção e se concentrar. Podem apresentar problemas de memória e desorientação sobre tempo e local. Isso resulta uma dificuldade para administrar a própria vida.
O diagnóstico.
Em consequência dos sintomas é possível que o doente passe a ter comportamento excêntrico, usar roupas inadquadas, sair vagando nas ruas ou descuidar-se da higiene e dos cuidados pessoais.È comum que que sejam essas as manifestações que levam a família a procurar ajuda médica.
Os sintomas descritos anteriormente são divididos em positivos ( ou produtivos) e negativos (ou deficitários). Os sintomas positivos decorrem do funcionamento anormal das funções psíquicas e incluem os delírios, as alucinações, a desorganização do pensamento. Os sintomas negativos são consequência da diminuição da afetividade e da motivação, incluindo o retraimento social.
Diagnosticar e tratar a esquizofrenia depende de uma minuciosa conversa com o doente e seus familiares. A avaliação psiquiátrica detalhada é fundamental. A esquizofrenia em geral, aparece na adolescência ou no começo da idade adulta. Muito frequentamente a doença se instala gradualmente, ao longo de semanas ou meses; as manifestações começam de modo discreto e imperceptível, piorando com o tempo.
Muitas vezes o maior problema é convencer o próprio paciente e seus familiares da necessidade de procurar um psiquiatra da necessidade de procurar um psiquiatra, pois ainda hoje isso assusta muitas pessoas. Muitos preconceitos persistem, mas quando mais tardio for o diagnóstico, mais dificíl será o controle da doença. Não se pode desperdiçar a chance de fazer uma intervenção precoce, imaginando que os sintomas são "crise" de adolescente, "depressão" ou "esquisitice passageira". Com o diagnóstico estabelecido, o médico poderá classificar a doença em subtipos, conforme o predomínio de certos sintomas:
1- Paranóide:há delírios e alucinações.
2- Hebefrênico ou desorganizado:há alterações da afetividade e desorganização do pensamento.
3- Catatônico:Observam-se as alterações motoras.
4- Simples:não ocorrem delírios ou alucinações ou alucinações, há alteração da motivação e da afetividade.
5- Residual:caracteriza-se pelos chamados sintomas negativos; é comum que os subtipos acima evoluam com o tempo para o quadro residual.
Fonte: Esquizofrenia: Manual do Cuidador elaborado pelo Dr Mario Rodrigues Louzã Neto.
Mário Louzã Neto: Doutor em Medicina pela Universidade de Wüzburg, Alemanha. Médico Assistente e Coordenador do Projeto Esquizofrenia (PROJESQ) do Instito de Psiquiatria do HC/FMUSP. Autor do Livro:"Convivendo com a Esquizofrenia: um guia para portadores e familiares"
(Na próxima postagem continuarei a falar sobre a Esquizofrenia).

segunda-feira, 16 de março de 2009

Transtorno Afetivo Bipolar

O Transtorno Bipolar é o nome da antiga Psicose Maníaco Depressiva.
Suas características principais são:
Alternância de Humor Extremas entre a Euforia ea Depressão, que fogem das variações emocionais normais cotidianas.
O que acontece na Euforia?

Na fase da mania ou euforia:
1- A disposição fica aumentada. Há redução da necessidade de sono, podendo evoluir para insônia;
2- Pode fazer compras desnecessárias, acima da sua possibilidade financeira;
3- Pode haver aumento de interesse sexual (Libido);
4- Pode haver irritação ou tendência a brigas e não raro ocorre aceleração do pensamento com distração fácil;
5- Há pessoas que abusam de álcool e outras drogas.
Em psiquiatria a euforia é denominada mania ou hipomania, de acordo com a maior ou menor duração e intensidade dos sintomas.
O que acontece na fase da depressão?
Na fase Depressiva A Pessoa Pode Apresentar:
1- Sentimento de culpa, baixa auto estima;
2- Tristeza e sensação de vazio; Perda de interesse por atividades que antes gostava.
3- Dificuldade de concentração, dispersão;
4- Sensação de lentidão ou inquietude;
5- Sensação de lentidão, ou inquietude;
6-Deseperança, desamparo;
7- Alterações no sono ( sono excessivo ou insônia) ;Alterações de Apetite ( perda de apetite ou excesso de alimentação).
8-Idéias de suícidio.
Como enfrentar o Transtorno Bipolar?
O que fazer para melhorar?
1- É preciso admitir que está sofrendo de uma doença e precisa ser tratada. A aceitação precisa ser não só racional como também emocional;
2- O tratamento precisa ser feito por médico especialista em psiquiatria;
3- Mesmo depois de iniciar o tratamento médico, é importante persistir e não desanimar; pois o tratamento exige tempo e dedicação.
4- Depois de ajustar o medicamento, você poderá receber ajuda terapêutica, pois o tratamento deve ser feito em paralelo:MEDICAÇÃO + TERAPIAS NÃO FARMACOLÒGICAS.
5- É Preciso Perseverar e Acreditar na melhora.
Aos Familiares.
Aos familiares de portadores de Transtorno Bipolar:
1- Admita que você e o seu familiar, precisam de socorro;
2- Procure ajuda inicialmente para você;
3- Procure ajuda especializada.
4- Com o tempo você aprende uma forma diferente de auxiliá-lo;
5- Mesmo que seu familiar não queira auxílio , não desista!
Dicas
Algumas dicas para viver melhor apesar do transtorno mental:
1- Busque uma atividade física, para manter bem equilibrada sua energia;
2-Alimente-se bem procurando obter nutrientes que mantenham a boa saúde;
3- Cultive uma atividade, quer seja através da arte, leitura, religião ou filosofia. Isso ajuda ás pessoas a superarem dificuldades e encontrar novos talentos e valores;
4- Cultive a auto-estima. Você merece ficar bem. Perdoe-se por eventuais erros do passado.
5- Acredite em você . Apesar de sofrer com o transtorno bipolar,
você é maior do que a doença e poderá superá-la!
Informações retiradas do folheto produzido pela Sociedade Fênix- Associação Pró Saúde Mental.

"Comunidades Terapêuticas " uma alternativa a exclusão social e abandono.

As chamadas "Comunidades Terapêuticas" vem como uma alternativa ao abandono exclusão paciente psiquiátrico pela sociedade, pois muitos pacientes foram internados pela família e esquecidos nos manicômios. Hoje vem sendo retirados desses manicômios e reinseridos aos poucos a sociedade, sendo colocado numa casa juntamente com outros pacientes com a supervisão de cuidadores: equipe multidisciplinar. Em alguns hospitais psiquiátricos já vem existindo esforços para localizar a família desses pacientes excluídos mas na ausência dos mesmos eles são mantidos em casas de convivência. Ainda não é o sistema ideal, pois seria necessário que as famílias fossem preparadas para serem cuidadoras, e como a doença psiquiátrica afeta toda a família seria necessário que a mesma aceitasse fazer psicoterapia de modo a aprender lidar melhor com o paciente. O sistema ainda é deficitário pois deveria agir no sentido de uma maior prevenção das doenças psiquiátricas, bem como um atendimento mais humanizado a família e ao paciente.

Carrano Bueno- O Mártir da Luta Antimanicomial.

Austregésilo Carrano Bueno cuja história de vida dentro de um manicômio, e os terríveis procedimentos realizados nos mesmos como o ECT- mais conhecido como Eletro- Choque( o procedimento é usado hoje porém de forma humanizada, sendo feito em sala cirúrgica com a presença do Psiquiatra, de um Cardiologista, um Anestesista e com o paciente em constante monitoramento) . Em seu livro "Canto dos Malditos" relata sua triste experiência em um Manicômio sem as mínimas condições de higiene, falta de profissionais, e o desespero que vivenciou no mesmo, pois foi internado contra sua vontade para tratar da dependência química. O seu livro deu origem ao filme "Bicho de Sete Cabeças" estrelado pelo ator Rodrigo Santoro. Carrano levantou a bandeira da luta antimanicomial no Brasil, e sua luta não foi vã, pois a cada dia o atendimento psiquiátrico está mais humanizado. Carrano faleceu no dia 27 de Maio de 2008 porém deixou inúmeros seguidores e pessoas mais conscientes e atentas quanto aos Diretos do Portador de Doenças Psiquiátricas.

domingo, 15 de março de 2009

Loucura em poesia

O que ser louco?
A loucura é relativa,
É loucura amar,
È loucura sonhar,
É loucura o preconceito,
Discriminação,
Sou sim louca pela vida,
Louca por alegrias,
Tristezas.
Tendo um só objetivo
Vencer a cada dia o desânimo,
E o sentimento de derrota.
Loucura pode ser definida como tudo que foge ao padrão da normalidade.
Porém qual o limiar entre a loucura e realidade,
O sonho e a frustração,
O viver e o morrer.
Na vida tudo é relativo,
Tudo depende do modo que enxergamos a vida.
Vida, evolução, vivemos para semos cada dia melhores e mais úteis a nós mesmos e a sociedade.

A Precariedade do Sistema de Caps e Naps

Apesar dessa mudança comportamental em relação ao paciente psiquiátrico tratando-o em ambulatórios como Caps - Centro de Atenção Psicossocial e NAPS- Núcleo de Assistência Psicossocial, os mesmos se encontram com deficíts de profissionais como Terapeutas Ocupacionais, Psiquiátras equipe de Enfermeiros especializados em Psiquiatria( quase nenhum serviço possui enfermeiros psiquiátricos, sendo que o paciente em crise muitas vezes ainda é abordado de forma violenta pela polícia), Psicólogos, além de um sistema de plantão nos Caps e Naps de cada cidade , pois a ausência deficitária de psiquiatras leva os pacientes a hospitais gerais em que muitas vezes os profissionais não sabem lidar com as patologias psiquiátricas. Outro problema muito sério que vem com a falta de psiquiatras e o excesso de pacientes no serviço é às vezes se torna muito mais fácil para o médico dopar o paciente do que realizar Psicoterapias, pois o tempo de atendimento é curto. Cito como exemplo o Ambulátório de Saúde Mental da cidade de Cajuru-SP em que se tratam mais de 5000 pacientes para dois(2) psiquiatras,três(3) psicólogas e uma (1) Terapeuta Ocupacional, um médico clínico(1), uma (1) farmaceutica, não tendo no serviço enfermeiros com especialização em psiquiatria.Outro problemas que acontece nos CAPS E NAPS em geral é afalta de medicamentos gratuitos( pois istoé um direito escrito no artigo quinto da Constuição Da República Federativa do Brasil promulgada em 1998) na maior parte dos casos os pacientes e seus famíliares entram com processos no Ministério Público para conseguirem os medicamentos psiquiátricos que em sua maior parte são de alto custo, e com a demora no julgamento muitas vezes ficam sem medicações e necessitam de internações integrais, falta também material de uso dos serviços : materiais para terapia ocupacional por exemplo.

Humanização do tratamento psiquiátrico

Hoje o tratamento psiquiátrico está mais humanizadas, reduziu-se o número de internações em hospitais psiquiátricos( sendo que atualmente só é internado o paciente que causa risco a si próprio ou a família, levando-se em conta a estrutura da família enquanto cuidadora), o tratamento vêm sendo feito de forma ambulatorial nos CAPS- Centro de Apoio Psicossocial, nos NAPS- Núcleos de Apoio Psicossocial e nos Hospitais Dias, sendo que o Hospital Dia da FMUSP-RP foi o pioneiro do Brasil tendo sido fundado em 1976. Esses serviço prestado pelo Hospital Dia conta com uma equipe multidisciplinar incluindo Psiquiatras, Psicólogos, Terapeutas Ocupacionais, Enfermeiros com especialização em Psiquiatria, Professores de Educação Física, Professores de Ioga, Assistentes Sociais, propiciando ao paciente uma preparação maior para se reintegrar na sociedade. O Hospital Dia funciona como uma semi-internação em que o paciente chega as 7:30 da manhã e sai as 16horas já com os medicamentos fornecidos gratuitamente para que eles tomem em casa e retornem ao serviço no dia seguinte. Há também momentos de lazer e confraternização, até mesmo pela melhora do paciente e sua alta( em cada alta é realizada uma festinha em comemoração e estímulo a melhora do paciente.É enfocado também a participação da família no tratamento realizando-se reuniões multifamíliares, comunitárias, e reunião em as famílias partilham de seus sofrimentos enquanto cuidadores. A informação também está presente na vida dos pacientes que aprendem sobre o diagnóstico e tratamento de sua patologia através do grupo de Psicoeducação( educação para a saúde mental) sabendo da importância em dar continuidade ao tratamento na pós- internação, continuando o acompanhamento de modo a se reintegrar na sociedade.

sábado, 14 de março de 2009

Resenha: Mente Inquieta- Kay Jaminson

Este livro trata do Transtorno Afetivo Bipolar chamada antigamente de Psicose Maníaco Depressiva. A Dra Kay Jamenson relata sua própria história de Bipolaridade, de modo a esclarecer pacientes e profissionais da saúde sobre a Bipolaridade. No Transtorno Bipolar de Humor os pacientes oscilam entre a depressão profunda e estados de euforia em que tem atitudes impulsivas como gastos excessivos por exemplo, porém é importante salientar que a impulsividade também está presente em outros distúrbios psiquiátricos, sendo feito o diagnóstico através da CID-10 ( produzida na décima conferência médica realizada em Genebra na Suíça em 1977) e também pelo manual americano de doenças o DSM-4.