sábado, 28 de março de 2009

O papel da Família.

É essencial que os familiares saibam lidar com situações estressantes, evitando comentários críticos ao paciente ou se tornando exageradamente superprotetores, dois fatores que reconhecidamente provocam recaídas. Os familiares precisam saber dosar o grau de exigência em relação ao doente, evitando exigir mais do que ele pode fazer, mas sem deixá-lo abandonado, sem participação na vida familiar. Conhecendo bem a doença, os familiares podem atuar em parceria com o médico ou outros profissionais que assistem o paciente.
O importante é pensar na integração pessoal e melhora na qualidade de vida proporcionada pelo convívio com outras pessoas e pela participação do doente nas várias atividades da sociedade .É comum surgir entre os familiares sentimentos como ódio e culpa e a idéia de que teriam feito alguma coisa errada na criação do paciente que levou à manifestação da doença. Os pais pricipalmente, se perguntam: "por que isso aconteceu jstamente com o meu filho?" Também não é raro que a família acredite que precise esconder a doença por vergonha. A psicoterapia pode ajudar a família a aceitar a realidade e colaborar com o médico.
A recuperação de um portador de esquizofrenia é um trabalho de longo prazo, com processo lento e gradual. No entanto combinando-se várias abordagens de tratamento, o resultado em geral é bastante satisfatório.
O papel da família é fundamental, porque o portador de esquizofrenia em geral não percebe que aquilo que acontece com ele é decorrente de uma doença. Para o doente, as alucinações e os delírios são reais. Dizer ao paciente que tudo não passa de fruto de sua imaginação não resolve. Pelo contrário isso só aumenta a resistência ao tratamento. Tanto a família quanto o médico precisam primeiramente conquistar a confiança do paciente. É importante mostrar-lhe o quanto ele está sofrendo com os sintomas, como por exemplo a insônia ou a angústia, o que pode abrir caminho para uma aceitação de uma consulta médica.
( Fonte: Esquizofrenia- Manual do Cuidador- Dr Mario Louzã Neto)
(Próxima postagem: Complicações)

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